Consumo de (i)mobilidades e discurso: a cultura da mobilidade na publicidade das marcas

Autores

  • Maria Alice de Faria Nogueira Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, Rio de Janeiro, RJ

DOI:

https://doi.org/10.18568/cmc.v13i36.1039

Palavras-chave:

Mobilidade em potência, Discurso publicitário, Publicidade global, Hermenêutica de profundidade, Copa do Mundo Fifa

Resumo

Este artigo tem como objetivo apresentar os resultados da pesquisa de Doutorado da autora que investigou a cultura da mobilidade (URRY, 2003) a partir de seus discursos e suas representações, com especial interesse na comunicação publicitária global. A hipótese de que há um consumo de (i)mobilidade sendo feito quando o indivíduo sai em busca de objetos que suportem sua (i)mobilidade cotidiana com certa estabilidade e menor risco foi validada, a partir da interpretação do discurso publicitário de marcas globais veiculado no Brasil em três momentos distintos: junho de 1982, junho de 1998 e junho de 2014, durante o período da Copa do Mundo FIFA. A metodologia da pesquisa foi baseada na Hermenêutica de Profundidade (THOMPSON, 2000) e utilizou a semiótica pierciana (SANTAELLA, 2005) na análise formal de 40 anúncios impressos.

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Biografia do Autor

Maria Alice de Faria Nogueira, Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, Rio de Janeiro, RJ

Doutora em História, Políticas e Bens Culturais, Cpdoc/FGV-RJ; Professora de Comunicação e Marketing na Escola de Comunicação – ECO/UFRJ; Professora e Pesquisadora na Universidade Estácio de Sá – UNESA

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Publicado

2016-04-28

Como Citar

Nogueira, M. A. de F. (2016). Consumo de (i)mobilidades e discurso: a cultura da mobilidade na publicidade das marcas. Comunicação Mídia E Consumo, 13(36), 28–49. https://doi.org/10.18568/cmc.v13i36.1039

Edição

Seção

Artigos