A memória midiática: projeções e sujeições no ambiente digital

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18568/cmc.v15i44.1599

Palavras-chave:

Memória Midiática, Memória no Google, Memória no Facebook

Resumo

O propósito deste estudo é investigar sobre como a memória é assimilada e disponibilizada pelos meios digitais. Esta interrogação parte do valor que a memória possui para a cultura e para a comunicação para o como é reconhecida na atualidade, projetada por sua totalidade e plenitude. Em razão disso, nota-se que sua presença ultrapassa a funcionalidade tecnológica cumulativa ao se formar como agenciadora das estratégias dos meios em narrativizar e gerenciar os saberes. Estas ocorrências, observadas a partir do Google e do Facebook, serão ainda vistas como determinantes para a formação deste ambiente comunicativo, que centra as experiências de memória a partir do automatismo e do excesso, o que ressignifica suas compreensões coletivas e subjetivas, principalmente.

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Biografia do Autor

Diogo Andrade Bornhausen, Fundação Armando Alvares Penteado e Arquivo Vilém Flusser São Paulo

Doutor em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, professor da Fundação Armando Alvares Penteado, Vice-diretor Científico do Arquivo Vilém Flusser São Paulo e Pesquisador do CISC (Centro Interdisciplinar de Semiótica da Cultura e da Mídia).

Norval Baitello Junior, Programa de Estudos Pós-Graduados em Comunicação e Semiótica da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Doutor em Ciências da Comunicação pela Universidade Livre de Berlim. Professor titular do Programa de Estudos Pós-Graduados em Comunicação e Semiótica da PUC-SP e Diretor Científico do Arquivo Vilém Flusser São Paulo.

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Publicado

2018-12-13

Como Citar

Andrade Bornhausen, D., & Baitello Junior, N. (2018). A memória midiática: projeções e sujeições no ambiente digital. Comunicação Mídia E Consumo, 15(44), 552–573. https://doi.org/10.18568/cmc.v15i44.1599