O corpo velho como uma imagem com falhas: a moral da pele lisa e a censura midiática da velhice

Autores

  • Paula Sibilia Universidade Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.18568/cmc.v9i26.345

Palavras-chave:

Velhice, Subjetividade contemporânea, Imagem, Visibilidade

Resumo

Na era do “culto ao corpo” e da espetacularização da sociedade, instados a se converter em imagens com contornos bem definidos, os corpos humanos são desencantados de suas potências simbólicas para além dos códigos da “boa aparência”. Nesse contexto e paradoxalmente – meio século após os movimentos de liberação sexual e em plena reivindicação da subjetividade encarnada, com a “expectativa de vida” aumentando sem cessar –, novos tabus e pudores converteram a velhice num estado corporal vergonhoso. Este artigo focaliza as estratégias de censura implícita dos meios de comunicação gráficos e audiovisuais, que evitam mostrar ou retocam as imagens de corpos idosos com técnicas depuradoras e alisadoras, insinuando que ostentá-las espudoradamente equivaleria a praticar uma nova forma de obscenidade, e disseminando essa pedagogia no próprio público

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Biografia do Autor

Paula Sibilia, Universidade Federal Fluminense

Professora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e do Departamento de Estudos Culturais e Mídia da UFF, autora de

O homem pós-orgânico: Corpo, subjetividade e tecnologias digitais (2002), O show do eu : A intimidade como espetáculo (2008) e Redes ou paredes : A escola em tempos de dispersão (2012), pesquisadora do CNPq e Jovem Cientista do Nosso Estado pela FAPERJ

Publicado

2013-01-02

Como Citar

Sibilia, P. (2013). O corpo velho como uma imagem com falhas: a moral da pele lisa e a censura midiática da velhice. Comunicação Mídia E Consumo, 9(26), 83–114. https://doi.org/10.18568/cmc.v9i26.345

Edição

Seção

Dossiê - Pensamento comunicacional latino-americano – desafios e perspectivas da des-ocidentalização no Sul Global