Produtos da linguagem: a hora e a vez de Macabéa
DOI:
https://doi.org/10.18568/cmc.v6i16.157Resumo
Na ordem do mercado dos bens simbólicos, em A hora da Estrela, não estaria presentificada a enunciação discursiva da linguagem-produto? Não teríamos, nessa trama textual clariceana, uma linguagem não acessível, desafiadora, que fala de seus processos, de suas carências, driblando inúteis tentativas de decifrar, interpretar a vida e o destino de uma invisível Macabéa repleta de silêncios? Nessa obra, que mais claramente prenuncia a morte de uma estrela que explode sem experimentar o fulgor, a intensidade da vida plena, não teríamos a representação de uma linguagem em crise por ser autoconsciente de sua precariedade? Nessa enunciação romanesca clariceana, a linguagem-produto se instaura, qual uma esfinge devoradora, apontando para os abismos dos nossos macabeicos destinos.Downloads
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Publicado
2010-01-21
Como Citar
Carneiro dos Santos, G. F. (2010). Produtos da linguagem: a hora e a vez de Macabéa. Comunicação Mídia E Consumo, 6(16), 73–88. https://doi.org/10.18568/cmc.v6i16.157
Edição
Seção
Dossiê - Pensamento comunicacional latino-americano – desafios e perspectivas da des-ocidentalização no Sul Global