As relações entre horror e racismo no filme Corra!
DOI:
https://doi.org/10.18568/cmc.v17i48.2094Palavras-chave:
Horror, Racismo, Experiência estéticaResumo
O artigo discute como o filme Corra!, de Jordan Peele, apresenta experiências sensíveis do horror e do racismo nas sociedades contemporâneas. O conceito de horror é entendido a partir de Eugene Thacker (2011 e 2015) para quem a fruição com o gênero se dá no ato de pensar sobre um mundo impensável, não-humano e desconhecido. Considerado o outro na sociedade Ocidental, a condição de ser negro, categoria criada durante o processo de escravização e colonização para a desumanização dos africanos (GILROY, 2007), atende a essa definição do gênero. O ser negro causa horror em quem ignora a condição humana, ao mesmo tempo em que é afetado em sua humanidade pelo racismo. O texto promove o encontro de duas pesquisas que investigam as características das possíveis experiências estéticas do horror na contemporaneidade: pensando o fenômeno para além do medo (ACKER, 2018) com a que propõe uma crítica ao racismo estrutural a partir do midiático (CAMPOS, 2018).