“Os Transparentes”de Ondjaki: Luanda como metáfora de Angola

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DOI:

https://doi.org/10.18568/cmc.v17i50.2480

Resumo

Este artigo analisa a obra “Os transparentes” do escritor angolano Ondjaki, a partir dos conceitos de memória, nostalgia e ficção, no cenário da cidade de Luanda, entendida como metáfora de Angola. Recorrendo aos trabalhos de Baccega sobre “Mayombe” de Pepetela, inicia-se a exposição traçando o contexto em que se inscreve o romance de Ondjaki. Assinala-se, a partir de excertos da obra, como o autor ficciona personagens e interesses da cidade de Luanda, nomeadamente os de uma elite afeta ao ex-presidente, que governou o país por cerca de quarenta anos. Em seguida, evocando mais uma vez Baccega, analisa-se como são construídas as personagens, numa dicotomia ganhadores/perdedores, e num cenário urbano progressivamente caótico e corrumpido, onde a memória e a nostalgia são âncora da resiliência dos despossuídos. Por fim, são mapeadas as referências e o papel das mídias, com principal relevância para o Jornalismo em Angola e a influência das telenovelas brasileiras.  

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Biografia do Autor

Isabel Ferin Cunha

Licenciada em História, Mestre e Doutora em Ciências da Comunicação pela ECA-USP e Pós-Doutorada no CNRS. É professora associada, com agregação (aposentada), da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Coordenou o Obitel em Portugal de 2006 a 2012.  Coordenou os projetos Imagens do Feminino na Televisão; Televisão e Imagens da Diferença; Jornalismo e Actos de Democracia; Media, Imigração e Minorias Étnicas e Cobertura Jornalística da Corrupção Política: uma perspetiva comparada Brasil, Moçambique e Portugal (2013-2017).

Publicado

2020-11-17

Como Citar

Cunha, I. F. (2020). “Os Transparentes”de Ondjaki: Luanda como metáfora de Angola. Comunicação Mídia E Consumo, 17(50), 443–468. https://doi.org/10.18568/cmc.v17i50.2480

Edição

Seção

Dossiê - Homenagem a Maria Aparecida Baccega