Quem manda aqui, Alexa? Relações construídas entre vieses de percepção e assistentes pessoais
DOI:
https://doi.org/10.18568/cmc.v20i57.2728Palavras-chave:
Alexa, IoT (Internet of Things), inteligências virtuais, tecnologias midiáticasResumo
Este artigo tem como objetivo discutir as relações construídas a partir das modulações entre humanos e máquinas, tendo como premissa a ideia de que são mutuamente afetados, alterando paulatinamente materialidades e subjetividades. Com mais intensidade a partir da era moderna, o imaginário humano concebeu a criação e a convivência pacífica e subserviente com substitutos autômatos, androides e robôs que fossem capazes de realizar as atividades executadas pelo cérebro ou corpo, como um duplo inteligente que estenderia a consciência humana. De bonecas falantes a assistentes pessoais, os aparatos manifestam-se de formas diferentes, apresentando novas experiências de interação. Esta investigação explorou as percepções de utilização da assistente pessoal Alexa a partir da coleta de relatos pessoais de respondentes que não tiveram na infância a presença de tecnologias digitais.
Downloads
Referências
BAUMAN, Z. Modernidade Líquida. Tradução: Plínio Dentzien. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2001.
BERMAN, M. Tudo que é sólido desmancha no ar: a aventura da modernidade. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
CARR, N. A geração superficial: o que a internet está fazendo com os nossos cérebros. Rio de Janeiro: Agir, 2011.
FELINTO. E. A religião das máquinas: ensaios sobre o imaginário da cibercultura. Por-to Alegre: Sulina, 2005.
FREUD, S. O infamiliar. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2019.
HEIDEGGER, M. Discourse on Thinking. New York: Harper & Row, 1966. LIPOVETSKY, G. Os tempos hipermodernos. São Paulo: Barcarolla, 2004. 3ª reimpres-são, 2007.
LIPOVETSKY, G. Da leveza: rumo a uma civilização sem peso. Barueri, SP: Manole, 2016.
LIPOVETSKY, G.; SERROY, J. A estetização do mundo: viver na era do capitalismo artista. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.
MARX, K.; ENGELS, F. O Manifesto Comunista. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1998. (Coleção leitura).
MCLUHAN, M. Understanding Media: The extensions of a man. Critical Edition. Corte Madera, CA: Gingko Press, 2003.
MCLUHAN, M.; MAILER, N. The Summer Way with Norman Mailer. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=PtrJntaTlic. Acesso em: 18 jun. 2022.
POLKINGHORNE, D. E. Phenomenological Research Methods. In: VALLE, R. S.; HALLING, S. (Eds.). Existential-Phenomenological Perspectives in Psychology. Explor-ing the Breadth of Human Experience. New York: Plenum Press, 1989.
SILVERSTONE, R.; HIRSCH E. (Eds.). Consuming Technologies. Media and informa-tion in domestic spaces. UK: Routledge’s, 2005.
SIMMEL, G. Sociologie et Epistemologie. Paris: Presses Universitaries de France, 1991.
SINGER, B. Modernidade, Hiperestímulo e o início do sensacionalismo popular. In: CHARNEY, L.; SCHWARTZ, V. (Orgs.). O cinema e a invenção da vida moderna. Tra-dução: Regina Thompson. São Paulo: Cosac & Naify, 2004, p. 95-123.
TOFFLER, A. O Choque do Futuro. 5. ed. Rio de Janeiro: Editora Record, 1994. VEBLEN, T. A teoria da Classe Ociosa. Um estudo econômico das Instituições. São Pau-lo: Livraria Pioneira Editora, 1965.
WOOD, G. Edison’s Eve: a magical history of the quest for mechanical life. New York, EUA: Vintage Book, 2003.