Consumo de (i)mobilidades e discurso: a cultura da mobilidade na publicidade das marcas
DOI:
https://doi.org/10.18568/cmc.v13i36.1039Palavras-chave:
Mobilidade em potência, Discurso publicitário, Publicidade global, Hermenêutica de profundidade, Copa do Mundo FifaResumo
Este artigo tem como objetivo apresentar os resultados da pesquisa de Doutorado da autora que investigou a cultura da mobilidade (URRY, 2003) a partir de seus discursos e suas representações, com especial interesse na comunicação publicitária global. A hipótese de que há um consumo de (i)mobilidade sendo feito quando o indivíduo sai em busca de objetos que suportem sua (i)mobilidade cotidiana com certa estabilidade e menor risco foi validada, a partir da interpretação do discurso publicitário de marcas globais veiculado no Brasil em três momentos distintos: junho de 1982, junho de 1998 e junho de 2014, durante o período da Copa do Mundo FIFA. A metodologia da pesquisa foi baseada na Hermenêutica de Profundidade (THOMPSON, 2000) e utilizou a semiótica pierciana (SANTAELLA, 2005) na análise formal de 40 anúncios impressos.
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