O culturalismo conservador em Narcos
DOI:
https://doi.org/10.18568/cmc.v15i42.1495Palavras-chave:
Narcocultura, Leitura documentarizante, Culturalismo conservador, Representação, Narcos, série da Netflix.Resumo
Este artigo analisa o discurso do culturalismo conservador nas duas primeiras temporadas de Narcos (2015-2016), série da Netflix. O culturalismo conservador (SOUZA, 2015) é tomado, neste texto, como uma ideia-força que define sociedades latino-americanas como espaços insuficientemente ocidentais, marcados pela perversidade e corrupção. Ao narrar, a partir da perspectiva estadunidense, a emergência do tráfico na Colômbia e a trajetória de Pablo Escobar, Narcos medeia representações esquemáticas de latino-americanos. Domestica aspectos da narcocultura ao mesmo tempo em que a celebra em formato industrial. Neste artigo, discuto essas questões por meio da análise de elementos narrativos da série, que, entre ficção e documento, circula, com alguma polêmica, como relato da história recente da América Latina.