Indivíduo de referência ao consumo visual e o gesto da arte na fotografia de identificação

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.18568/cmc.v16i45.1916

Palabras clave:

Fotografia, Consumo Visual, Memória

Resumen

Este trabalho tenta observar a construção da potência fotográfica em uma fotografia icônica realizada por Wilhem Brasse em 1940. Fotógrafo prisioneiro em Auschwitz durante os anos de 1940-1944, Brasse realizou mais de 45.000 fotos em estilo de identificação. Na foto de Jan Komski, o trabalho de posado e a figurabilidade enfrentam uma dialética do testemunho que se mantém em espera de um contraplano melhor, futuro. Trabalha-se, aqui, com a relacionalidade da foto em um duplo aspecto: o ato de impor à imagem uma tentativa de sujeição ao holótipo negativo, e o trabalho do fotógrafo em condições extremas. O artigo conclui que a reinscrição artística e o consumo visual, enlaçam a fotografia, setenta anos depois, em uma tentativa de premir uma ética da arte e uma estésica do episódio.

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Biografía del autor/a

Rafael Tassi Teixeira, PPGCOM\UTP; UNESPAR

Doutor em Sociologia pela Universidad Complutense de Madrid (UCM). Pós-Doutor em Estudos da Imagem (Universitat Autònoma de Barcelona - UAB). Vice-Coordenador do Programa de Pós-Graduação Mestrado e Doutorado em Comunicação e Linguagens da Universidade Tuiuti do Paraná (PPGCOM\UTP). Professor Adjunto da UNESPAR, Campus Curitiba II (Sociologia da Arte, Estudos Culturais, Antropologia Audiovisual). Líder do Grupo de Pesquisa (CNPq) Desdobramentos Simbólicos do espaço Urbano nas Narrativas Audiovisuais (GRUDES). Seus estudos abrangem a área das mediações culturais, estudos diaspóricos, cinema ibero-americano, antropologia audiovisual, fotografia e memória, etc.

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Publicado

2019-04-18

Cómo citar

Teixeira, R. T. (2019). Indivíduo de referência ao consumo visual e o gesto da arte na fotografia de identificação. Comunicação Mídia E Consumo, 16(45), 122–142. https://doi.org/10.18568/cmc.v16i45.1916