Consumo, estética, técnica e religião em Cloaca, de Wim Delvoye

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.18568/cmc.v16i47.2008

Palabras clave:

consumo, analidade, técnica, arte contemporânea, Wim Delvoye

Resumen

Cloaca (2000-2010), de Wim Delvoye, consiste em um conjunto de máquinas desenvolvidas para produzir “merda real industrializada” em museus e galerias de arte. Após descrição sumária da série, desdobramos nossa análise em três eixos: o primeiro baseado na  articulação psicanalítica entre merda e dinheiro; o segundo na diferenciação formulada geneticamente por Gilbert Simondon (1989) entre estética, técnica e religião; e o terceiro no conceito de máquina, formulado por Gilles Deleuze e Félix Guattari (1972). Por fim, comparamos Cloaca e Anal Kisses (2011), projeto do mesmo artista, e buscamos identificar alguns vetores culturais que incidiram na recepção desigual dos dois projetos.


Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Icaro Ferraz Vidal Junior, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Doutor em História, História da Arte e Arqueologia pelas Université de Perpignan Via Domitia e Università degli studi di Bergamo e em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Realizou estágio pós-doutoral no Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Linguagens da Universidade Tuiuti do Paraná. Atualmente é bolsista de pós-doutorado PNPD-Capes no Programa de Estudos Pós-Graduados em Comunicação e Semiótica da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. É pesquisador do Centro Interdisciplinar de Semiótica da Cultura e da Mídia (CISC/PUC-SP), do JUVENÁLIA - Culturas juvenis: comunicação, imagem, política e consumo (ESPM-SP) e do MediaLab UFRJ.

Citas

BATAILLE, G. Œuvres complètes I: Premiers Écrits 1922-1940. Paris: Gallimard, 1970.

BELO, F. R. R.; MARZAGAO, L. R. Avareza e perdularismo. Psyche, São Paulo, v. 10, n. 19, p. 109-128, 2006.

DELEUZE, G.; GUATTARI, F. L’Anti-Œdipe: Capitalisme et Schizophrénie I. Paris: Les Éditions de Minuit, 1972.

FREUD, S. Malaise dans la Civilisation. Révue Française de Psychanalyse, v. 7, nº 4, p. 692-769, 1934.

______. Sur les transformations des pulsions particulièrement dans l’érotisme anal. Révue Française de Psychanalyse, v. 2, nº 4, p. 609-616, 1928.

KRISTEVA, J. Powers of Horror: An Essay on Abjection. New York: Columbia University Press, 1982.

LAPORTE, D. History of Shit. Boston: Massachusetts Institute of Technology e Documents Magazine, 2000.

NUSSBAUM, V. “Wim et la sacrée reliquerie. Enfance de l’art et reliques du sacré dans l’œuvre de Delvoye”. kritische bericht, nº 3, p. 83-92, 2008.

O’DOHERTY, B. Inside the White Cube: L’ideologia dello spazio espositivo. Monza: Johan & Levi Editore, 2012.

PATTERSON, K. “Blending science, art and other excremento”. The Conversation, 11 fev. 2016. Disponível em: <https://bit.ly/2GsvHjk>. Acesso em: 15 fev. 2019.

PROSS, H. Estructura simbólica del poder. Barcelona: Editorial Gustavo Gilli S.A., 1980.

RANCIÈRE, J. The Emancipated Spectator. Londres, Nova York: Verso, 2009.

SIMONDON, G. Du mode d’existence des objets techniques. Paris: Aubier, 1989.

WALLACE, I. L. “Deep Shit : Thoughts on Wim Delvoye’s Cloaca Project”. In : WALLACE, I. L.; HIRSH, J. (orgs.). Contemporary Art and Classical Myth. Surray: Ashgate, 2011.

Publicado

2019-12-10

Cómo citar

Ferraz Vidal Junior, I. (2019). Consumo, estética, técnica e religião em Cloaca, de Wim Delvoye. Comunicação Mídia E Consumo, 16(47), 500–529. https://doi.org/10.18568/cmc.v16i47.2008