O monstro que não se vê e a cultura da participação em Bird Box
DOI:
https://doi.org/10.18568/cmc.v16i47.2060Palavras-chave:
Bird Box, monstro, imagem sonora, imaginário, cultura da participaçãoResumo
Bird Box, filme de terror e um dos maiores sucessos da Netflix, tem entre os protagonistas um monstro cuja imagem não é revelada. Tal estratégia narrativa resulta em amplo engajamento da audiência, que busca preencher a lacuna deixada no processo de criação do filme. Neste artigo, analisamos como a construção da ideia do monstro se dá também por meio de recursos não visuais, sobretudo sonoros, e é complementada por um imaginário que explora o tema do apocalipse, a metáfora da cegueira e a oposição arquetípica claro-escuro. A investigação fundamenta-se nas relações imagem-som propostas por Altman e Iazzetta e na teoria do imaginário de Durand. Os resultados mostram como esses elementos fomentam o engajamento da audiência, convergindo para a ideia de cultura da participação de Jenkins.
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