Celebridades musicais, fãs e política

o ativismo swiftie nas eleições presidenciais da Argentina em 2023

Autores

Palavras-chave:

fandom, ativismo digital, cultura pop, eleições, feminismo, Taylor Swift

Resumo

Este artigo analisa o engajamento político do fandom de Taylor Swift — os “swifties” — no contexto das eleições presidenciais argentinas de 2023, com foco na campanha digital “Swiftie no vota Milei”. A partir de um estudo de caso, a autora investiga como manifestações culturais relacionadas ao espetáculo musical e à celebridade podem transbordar para o campo da ação política, especialmente em contextos marcados pelo avanço da extrema-direita e pelo enfraquecimento dos movimentos feministas tradicionais. A análise propõe que as práticas dos swifties revelam novas formas de participação política, mediadas pela cultura pop e pelo consumo simbólico, desafiando os discursos sobre a despolitização da juventude. O trabalho contribui para os estudos sobre fanatismo, cultura de celebridades e participação política, ao evidenciar a capacidade de coletivos de fãs em atuar como sujeitos políticos ativos em disputas eleitorais e no debate público contemporâneo.

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Biografia do Autor

Mercedes Liska, Universidad de Buenos Aires

Mercedes Liska estudou piano e etnomusicologia no Conservatório Superior de Música Manuel de Falla, além de ter cursado o Mestrado em Comunicação e Cultura e o Doutorado em Ciências Sociais na Universidade de Buenos Aires. Atua como pesquisadora em sociologia da música no Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas (CONICET), na qualidade de Pesquisadora Adjunta, com base no Instituto de Pesquisas Gino Germani. Leciona regularmente na Licenciatura em Ciências da Comunicação (UBA) e no curso de Formação de Professores em Etnomusicologia (CSMMF), além de ter ministrado seminários de pós-graduação em diversas universidades nacionais. Seus estudos abordam a música popular e de massa a partir dos estudos culturais, das teorias de gênero e sexualidade, e do ativismo queer e feminista. Participou da elaboração da Lei de Cotas Femininas e Acesso de Artistas Mulheres a Eventos Musicais, sancionada na Argentina em 2019. No mesmo ano, coordenou o Primeiro Levantamento Estatístico Nacional da Atividade Musical com Perspectiva de Gênero. Entre suas publicações de destaque estão os livros Entre géneros y sexualidades. Tango, baile y cultura popular (2018) e Mi culo es mío. Mujeres que bailan como se les canta (2024).

Publicado

2025-10-06

Como Citar

Liska, M. (2025). Celebridades musicais, fãs e política: o ativismo swiftie nas eleições presidenciais da Argentina em 2023. Comunicação Mídia E Consumo, 22(64). Recuperado de https://revistacmc.espm.br/revistacmc/article/view/3038

Edição

Seção

Artigos